sábado, 27 de agosto de 2011

Fernanda

Ela viveu,
Ela vivia sua vida intensamente,
Ela só queria viver.
Seus instintos eram únicos,
Seus amores indecifráveis,
Dona de uma beleza sem igual ela espalhava fãs onde passava,
O mundo girava ao seu redor,
Porém sua vida girou,
A beleza que irradiava em seus olhos se foi,
Seus devaneios a fizeram assim,
A loucura agora era sua parceira
Pois as drogas se entregou,
Seu corpo que outrora era cobiçado,
Agora passara a ser comprado,
Sua vida jogada no lixo,
Seus amores perdidos,
Seus sonhos destruídos,

Ela mudara da mais pura água,
Para o menos saboroso dos vinhos,
Trocou seu castelo por uma vida sem identidade.

Por: Guilherme Tauã Aires

domingo, 19 de junho de 2011

Meus Fantasmas

Chega o momento em que minha cabeça para de raciocinar,
Nenhuma palavra,
Nenhum pensamento,
Apenas o vazio,
Apenas o negro,
Minha inspiração parece ter me abandonado,
Estou em curto!.
Já não consigo mais,
As letras quem um dia me fizera poeta,
Agora jazem esquecidas em um lugar no fundo da minha mente,
Hoje nem as estrelas falam comigo,
Ou o vento meu amigo que passara por aqui levou consigo meu amor,
Nem a chuva que pingava poesia em mim decidiu aparecer,
Pareço estar sozinho em uma festa;
Onde a única companhia que me sobra é o segredo.
Esperei meses para novamente me abrir,
Porém a caneta estava brigada comigo,
O papel sempre me fugia as vistas,
Mas de repente como um choque,
Abri os olhos como o sol nasce na mais linda alvorada
E recobrei a consciência,
Lembrei quem sou,
E o que preciso fazer para melhorar esse mundo isolado chamado “eu”,
Quero  de novo sentir o perfume das rosas,
Ver as constelações a sorrir,
Olhar a lua apaixonadamente
E tecer essas linhas como a aranha constrói seu ninho,
Levar as mais leves poesias aos ouvidos de um apaixonado,
Sorrir e chorar quando se sente a felicidade plena no peito,
Fechar os olhos e ver novamente a paz
Que sempre me abraça na porta do paraíso futuro,
Assim quero viver minhas elucubrações.

Por : Guilherme Tauã Aires

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O poeta está vivo


O poeta está vivo, 
Ele está aqui, 
Seguindo cada segundo 
Dando apenas um passo de cada vez, 
Tentando se achar em um lugar que nunca se perdeu, 
Talvez num trago de cigarro, 
Ou até mesmo num gole de bebida, 
Ele caminha nas ruas vazias, 
Vazias de amor, 
Vazias de compreensão, 
Mas ele encontra nessa rua vazia, 
Um pingo de esperança, 
Esperança não vista no coração dos homens, 
Que apenas enchem essas ruas de coisas banais, 
Enchem essas ruas com a violência desmedida, 
Enchem essas ruas com a hipocrisia, 
Que enche de ódio o coração de muitos, 
O poeta está vivo caminhando, 
Olhando tudo com uma visão critica, 
A visão de momentos que possam ser compartilhados, 
Com um abraço ou com um simples aperto de mãos, 
O poeta observa tudo por trás do véu que cobre a sociedade, 
Sociedade que vive acuada com a falta de informação, 
Sociedade que vive acuada pelo medo, 
Medo de dizer que ama o próximo, 
Medo de ser feliz sem se importar com o decorrer da vida, 
O poeta caminha, 
Ele caminha e continua caminhando, 
Ele sente que no decorrer da caminhada, 
Ele vai achar a paz, 
Ele sente que está perto da pessoa amada, 
Por isso ele caminha sem rumo, 
Ele não tem hora de chegar, 
Ele apenas sente!, 
E tudo isso apenas dá mais vontade para ele viver, 
Ele caminha espalhando sua poesia por onde passa, 
Isso para todos verem e saberem 
Que o poeta está vivo.

Por  Guilherme Tauã Aires

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Saber viver


Os dias para mim duram uma eternidade, 
As horas para mim duram semanas, 
Minutos incontáveis parecem nunca acabar, 
Estou me levantando aos poucos, 
Cada dia que passa entendo meu valor e qual a minha missão, 
Cair é um fato, 
Saber se levantar logo em seguida e manter a cabeça firme 
É saber viver com sabedoria, 
Tinha jurado não mais escrever, 
Mas reconheci meu dom, 
Minha parte na missão, 
Levar de forma poética a verdade, 
Fazer escutar quem já quis ouvir e só escutava apenas calunias, 
A cada passo que dou redescubro um novo eu, 
Sei agora da importância de ouvir, 
E de se fazer necessária a minha fala no momento certo, 
Sempre sonhei e ainda sonho com o dia 
Em que poderemos enfim nos amar com sentimentos iguais, 
Fazer da irmandade em ato de paz, 
E com a entrada de um ano novo, 
O amor seja o foco da vida, 
E que essa semente nasça e cresça 
Como uma forte árvore no coração de cada um de nós.

Por Guilherme Tauã Aires